segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Um Titã

Finalmente, depois de muito tempo consegui assistir a Blade Runner, e por consequência esse era para ser um post sobre ele, porém resolvi fazer sobre Ridley Scott, um dos meus preferidos apenas por dois filmes, Blade Runner, e O Gângster, American Gângster no original. Mas também não será sobre ele. O Gângster é um filme que adorei logo que vi, ótimo, mas também não é sobre ele. Resolvi escrever sobre Denzel Washington.

Um ator que, como o passado de Wagner Moura e o futuro da minha amiga Fernanda, começou fazendo faculdade de jornalismo, mas graças a Deus viu que estava na área errada. Mas esse também não é um post biográfico, mas sobre o que ele para mim significa no cinema, norte-americano pelo menos.

Personagens negros em geral seguem um estereótipo, na verdade seriam dois, que acho que podem ser resumidos em Chris Tucker e Samuel L. Jackson (mesmo gostando muito deles também), que é ou o "engraçaralho", ou o "fodão" do filme. O ator hoje mais rentável é Will Smith, mesmo que hoje esteja saindo desses dois estereótipos, em início de carreira tinha personagens assim, vide o próprio Will de Um maluco no pedaço, e um dos protagonistas do Bad Boys.

Denzel para mim foge a isso, desde sempre. Mesmo tendo ganhado o Oscar de melhor ator coadjuvante em 1989 por Tempo de Glória, o papel mais antigo dele que vi foi o advogado Joe Miller em Filadélfia. Um advogado que digamos não é um simpatizante da sigla GLS, mas mesmo assim aceita o caso de Andrew Beckett, um homossexual aidético, personagem que rendeu o primeiro Oscar de Tom Hanks. Ele como em todos os papéis passa credibilidade, passando do homofobismo ao respeito.

Para não me estender vou pular logo para O Gângster. Como o nome sugere é um filme que tem como espinha dorsal a ascensão de Frank Lucas, que era o motorista do chefe da máfia local, que deixa para ele o legado quando morre.
Frank começa a partir do de seu tutor construir o seu próprio, junto com sua família. Em paralelo acontece a história de Richie Roberts, um detetive representado muito bem também por Russell Crowe, mas que falarei mais quando falar sobre o filme.

Denzel faz um mafioso que ao contrário da maioria é recatado, discreto, não gosta e não quer extravagâncias, nem suas e nem de seus familiares, exatamente para não chamar a atenção. É frio, e não treme nem sente remorso em dar um tiro na cabeça de um mafioso também no meio da rua, ou bater na cabeça de um familiar no meio de dezenas de pessoas com a tampa do piano. E mesmo assim é simpático, você se simpatiza com ele, e torce por ele, pelo menos eu torci o filme inteiro. Ele passa do sorriso ao sério sem parecer performance do Mussum nos trapalhões(Não que ele seja ruim).

Minha opinião é, vejam todos os filmes que ele fez, porque estou providenciando isso para mim.

Um comentário:

Fê Meirelles disse...

êeee fui citada =D
hahaha


aqui no Brasil, se for negro e não for a taís araújo ou o lázaro ramos, você só vai ganhar papel de empregado, motorista ou escravo. foda, mór injusto...